Está chegando a hora da estreia do atual campeão da Copa do Brasil, e o IPE já prepara seu corpo de avaliadores para mais um Troféu Bola Verde.
O Bola Verde tem por objetivo reconhecer o esforço e talento dos jogadores, ainda que o Verdão eventualmente fique pelo caminho no que estiver disputando. A cada campeonato, adotamos uma regra que procura valorizar tanto a regularidade quanto os grandes jogos. Afinal, os craques são aqueles que resolvem quando é mais necessário, mas não somem quando a partida é mais simples.
Para a Copa do Brasil 2013 essas serão as regras:
Somente haverá premiação se a equipa avançar às quartas-de-final;
Oitavas de final terá peso 1;
Quartas-final, peso 1,5;
Semi-final, peso 2;
Final (ou clássico regional em qualquer fase), peso 3;
Para que um jogador esteja apto a concorrer, precisa participar de pelo menos 50% das partidas da equipe no certame.
Ao final de cada fase divulgaremos os resultados de momento, e o leitor será convidado a participar também: após cada partida, uma enquete para que você se manifeste. No fim, veremos quem foi o melhor também na opinião do sempre qualificado torcedor palmeirense.
*O IPE agradece ao piloto de Paint @faleco pela concepção e re-design de nosso novo troféu.
Esta semana o Palmeiras começa sua 15ª participação nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, e o IPE trás um breve histórico e estatísticas sobre nossas participações nesta fase:
2012 – 2 x 1 e 4 x 0 no Paraná
2011 – 2 x 1 e 1 x 0 no Santo André-SP
2010 – 1 x 0 e 1 x 1 no Atlético-PR
2008 – 0 x 0 e 1 x 4 contra o Sport-PE
2004 – 1 x 1 e 1 x 1 contra o Goiás-GO (nos pênaltis, Palmeiras 3 x 1)
2003 – 2 x 7 e 3 x 1 contra o Vitória-BA
1999 – 2 x 2 e 3 x 2 no Vitória-BA
1998 – 1 x 2 e 1 x 0 no Botafogo-RJ (Palmeiras classificado pelo gol fora)
1997 – 1 x 0 e 4 x 2 no Coritiba-PR
1996 – 2 x 1 e 5 x 0 no Atlético-MG
1995 – 1 x 1 e 2 x 2 contra o Grêmio-RS (Palmeiras eliminado pelos gols fora)
1994 – 0 x 0 e 1 x 1 contra o Ceará-CE (Palmeiras eliminado pelo gol fora)
1993 – 1 x 2 e 1 x 0 no Vitória-BA (Palmeiras classificado pelo gol fora)
1992 – 0 x 0 e 5 x 1 no Remo-PA
Em resumo, esses são os números:
14 participações;
10 classificações e quatro eliminações;
Em casa, 9 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota (mas também, que derrota: a única vez na história que o Palmeiras sofreu sete gols no Palestra Itália);
Fora de casa, são 5 vitórias, 6 empates e 3 derrotas (portanto, um grande equilíbrio);
No todo, 14 vitórias, 10 empates e 4 derrotas em 28 partidas, aproveitamento de 61,9%;
3 visitas à Bahia e Paraná;
Uma visita a Pará, Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco e um confronto sem sair do Estado;
Persistência. Foi assim que o Palmeiras construiu a bela vitória de hoje. Contra um adversário que veio ao Pacaembu com 11 jogadores atrás da bola, o Palmeiras esqueceu a técnica e arrancou a vitória das mãos do Paysandu sem pedir licença.
Mal o jogo começou e a equipe já errava passes. O Palmeiras não conseguia furar o bloqueio do Paysandu. Com dificuldade para se aproximar da área paraense, o Palmeiras adiantou toda a marcação, mas a insistência nas jogadas pelo meio dificultava as ações ofensivas da equipe.
O Paysandu claramente apostava suas fichas nos contra-ataques, e logo em sua segunda tentativa teve sucesso. Bola perdida no ataque, falha na cobertura, e Marcelo Nicácio descolou bola na medida para Pablo, que chutou meio estranho, mas não errou – 1×0 – e a partir daí o primeiro tempo passou a ser um jogo de ataque contra defesa.
O Palmeiras pressionava, mas só conseguia “ameaçar” em chutes de longa distância. Charles e Juninho tentaram, sem sucesso. Luís Felipe também sua chance, em cobrança de falta, mas o goleiro Marcelo trabalhou bem.
Abusando da força em algumas jogadas, o papão seguia bloqueando as investidas palestrinas, com marcação dupla especialmente em Wesley, Mendieta e Leandro, e buscando os contra-golpes.
No fim do primeiro tempo, a grande chance do empate na primeira etapa: Mendieta fez boa jogada pela esquerda e tocou para Leandro, que bateu fraco, facilitando mais uma boa defesa de Marcelo.
Na volta para o segundo tempo, uma mudança tática e outra por contusão. Felipe Menezes rendeu Charles, e Tiago Alves estreou pelo clube no lugar de Vilson.
A entrada de Menezes deu (ainda) mais a posse de bola ao Palmeiras, e algumas chances mais agudas começaram a aparecer. O próprio Menezes teve chance em chute cruzado que passou perto, e minutos depois Mendieta obrigou Marcelo a fazer mais uma boa defesa.
Mas nada disso adiantou. Em mais um contra ataque, Iarley fez o pivô e passou para Pikachu que chegou de trás sem qualquer tipo de marcação – 2×0.
Kleina imediatamente tirou Araújo e colocou Ronny, e o abafa deu resultado alguns minutos depois. Lançamento longo para Luis Felipe que cruzou na medida para Kardec – 2×1.
Pressionado, o Paysandu “aumentou a força” da marcação. Wesley recebeu falta mais forte e na jogada seguinte perdeu a cabeça e deu um chega pra lá em Vanderson. A confusão generalizada se instalou, sobraram socos e empurrões para todo lado, e o saldo final foi um vermelho para cada lado: Wesley e Fábio Sanches.
O jogo seguiu tenso e aos 39 veio o empate. Após bola espirrada em cruzamento, Mendieta pegou de primeira, sem chances para Marcelo.
A blitz verde seguiu e o prêmio por todo o esforço e entrega da equipe veio no último lance da partida. Henrique dividiu bola pelo alto com o goleiro Marcelo, e Leandro aproveitou a sobra, para explosão do Pacaembu. Virada e mais três pontos. Agora sim pode-se dizer que efetivamente somos líderes, já que a Chapecoense empatou seu jogo.
Por todas as circunstâncias da partida, a vitória deve mesmo ser comemorada. Entretanto, fica evidente a dificuldade da equipe em encontrar o equilíbrio para o quanto pode se arriscar nas partidas sem ficar muito exposto aos contragolpes. É nessas horas que o treinador precisa mostrar que pode mesmo ser técnico do Campeão do Século.
NOTAS
– Fernando Prass: nas únicas duas vezes em que teve trabalho, estava vendido no lance – 7
– Luís Felipe: sem espaço no primeiro tempo, na segunda etapa foi bem e fez a jogada do primeiro gol – 7,5
– Vilson: vinha bem até sair por contusão. Tomara que não seja nada grave – 7,5
– Henrique: partida tranquila, se é que dá para dizer isso frente a tudo que aconteceu – 7
– Juninho: muitos erros de passe, mas compensou com a jogada do segundo gol – 6,5
– Araújo: diferente das últimas partidas, sua participação não foi nada discreta, já que errou absolutamente tudo que tentou – 4
– Charles: merecia ser substituído pois não estava bem mesmo, mas nunca antes do Araújo – 5
– Wesley: jogador que mais se apresentou para o jogo, mas errou muito e coroou sua má atuação com a expulsão – 4,5
– Mendieta: aos poucos vai se soltando, mas assim como toda a equipe, abusou dos erros de passe. Belo gol – 7,5
– Leandro: tentou de todas as formas e foi premiado com o gol da vitória – 7,5
– Kardec: abriu caminho para virada, em gol típico de camisa nove – 7,5
– Felipe Menezes: ajudou a equipe a manter a bola mais tempo no ataque – 7
– Tiago Alves: entrou e deu conta do recado – 7
– Ronny: sua entrada foi crucial para a virada. Infernizou o lado direito do Paysandu – 7,5
MELHORES MOMENTOS
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 2 PAYSANDU
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP) Data/Horário: 17/08/2013, às 16h20 Árbitro: Gilberto Rodrigues Castro Junior (PE)
Assistentes: Luiz Antonio Muniz de Oliveira (RJ) e Edina Alves Batista (PR)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Luis Felipe, Vilson (Tiago Alves – 4’/2ºT), Henrique e Juninho; Márcio Araújo (Ronny – 22’/2ºT), Charles (Felipe Menezes – intervalo), Wesley e Mendieta; Leandro e Alan Kardec. Técnico: Gilson Kleina.
PAYSANDU: Marcelo; Yago Pikachu, Diego Bispo, Fábio Sanches e Pablo; Vanderson (Esdras – 44’/2ºT), Ricardo Capanema, Djalma e Eduardo Ramos; Iarley (Raul – 36’/2ºT) e Marcelo Nicácio (Tallys – intervalo). Técnico: Arturzinho.
Mais líder do que nunca e já de olho na estreia da Copa do Brasil, o Palmeiras recebe um dos lanternas tentando se afastar ainda mais dos demais integrantes do G4.
Horário e local: sábado (17/08), as 16:20, no Pacaembu (PPV).
Árbitro: será Gilberto Rodrigues Castro Júnior (PE), estreante em jogos do Palmeiras. Já apitou 3 jogos na série B2013.
Situação na tabela: o Palmeiras lidera com 37 pontos. O Paysandu é o décimo oitavo, com 15.
Desfalques/Reforços: Valdivia foi cortado da seleção chilena por sentir dores musculares e fica de fora visando a estreia na Copa do Brasil. Ananias, suspenso, Vinícius, ainda em recuperação, e Eguren, que não treinou com o grupo esta semana, também ficam de fora. Mendieta e Leandro se recuperaram de dores musculares e vão para o jogo.
Pendurados: Ayrton, Charles, Mendieta e Luís Felipe. Próxima partida: Atlético-PR (Copa do Brasil, casa).
Bola verde IPE: Valdivia segue em primeiro, com média 8,29.
Previsão IPE: Fernando Prass; Luís Felipe, Vilson, Henrique e Juninho; Araújo, Charles, Wesley e Mendieta; Leandro e Alan Kardec.
Destaques/Paysandu: os meias Djalma, que estava suspenso, e Eduardo Ramos, que estava afastado, retornam ao time titular. O zagueiro Fábio Sanches está recuperado de lesão e também deve reforçar o papão. Sem ainda pontuar fora de casa nesta série B, a provável escalação deverá ter Marcelo; Yago Pikachu, Diego Bispo, Fábio Sanches e Pablo; Esdras, Zé Antonio, Djalma e Eduardo Ramos; Heliton e Marcelo Nicácio.
Ex-palmeirenses no Paysandu: nenhum.
Olho neles: o artilheiro da equipe é o atacante Marcelo Nicácio, com 4 gols. O lateral direito Yago Pikachu já teve seu nome especulado como nosso possível reforço.
Palpite IPE: com desfalques e já de olho na Copa do Brasil, o Palmeiras jogará para o gasto – 2×0 – gols de Leandro e Charles.
Último confronto: foi também a última vitória, em jogo válido pela CB2010 – 1×0 – gol de Robert.
Última derrota em casa: a única vez que perdemos para o Paysandu como mandante foi pelo BR1994, mas o jogo foi disputado no Brinco de Ouro, em Campinas – 0x1 – gol de Antônio Carlos.
Histórico: a primeira partida da história entre as equipes foi pelo BR1974, em Belém, e terminou com vitória verde – 2×1 – gols de Eurico e Ronaldo para o Palmeiras, e Moreira para o Paysandu.
Foi um jogo pesado, exatamente como o campo de jogo “exigia”. Debaixo de chuva o Palmeiras voltou a vencer e já abre uma diferença de doze pontos para o quinto colocado.
Diferente das duas últimas partidas, dessa vez o Palmeiras saiu na frente, e com gol relâmpago. Mau a bola rolou, e Wesley teve a primeira chance do jogo, em chute de fora da área. Logo em seguinda, Mendieta aproveitou cruzamento de Juninho e marcou de joelho o gol da vitória.
Após o gol, e com chuva, o Palmeiras passou a fazer uma partida mais cautelosa. A equipe apostava nos contra ataques, mas quem assustou primeiro foi o Joinville, em cabeçada que Vilson cortou.
O Palmeiras respondeu na sequência em contra ataque rápido. Leandro deixou Wesley na cara do gol. O volante bateu consciente, mas errou o alvo. Minutos depois, Mendieta deixaria o campo para a lenta entrada de Felipe Menezes.
No segundo tempo o Joinville aumentava a pressão, enquanto que o Palmeiras não conseguia aproveitar os contra ataques. Leandro também deixou o campo, e Kleina errou: colocou Caio em um jogo onde a saída para o ataque em velocidade era a melhor caminho.
A partir daí o jogo perdeu em ritmo, e apesar do maior volume do Joinville, o time catarinense não conseguia criar chances agudas enquanto o Palmeiras desperdiçava contra ataques e abusava dos chutões. No fim, venceu a equipe que soube aproveitar a melhor chance que teve na partida.
O Palmeiras agora volta a São Paulo e no final de semana enfrenta o Paysandu, no Pacembu.
NOTAS
– Fernando Prass: pouco exigido, fez boa partida – 7,5
– Luís Felipe: mais uma boa partida do promissor lateral – 8
– Vilson: não passou nada pelo cara – 8,5
– Henrique: partida sem sustos – 7,5
– Juninho: foi dele o cruzamento para o gol, e só – 7
– Araújo: bem na parte defensiva, mau na ofensiva – 7
– Charles: não compromete, mas deu uma caída nas últimas partidas – 7
– Wesley: teve a chance de matar o jogo e errou, mas fez boa partida – 7,5
– Mendieta: o gol da vitóra – 8
– Ananias: correu muito e caiu bem pelas pontas – 7,5
– Leandro: será que o gás acabou? – 6
– Felipe Menezes: parece ser habilidoso e ter bom passe, mas é lento – 7
– Caio: quem devia ter entrado era o Serginho – 6
– Marcelo Oliveira: nem pegou na bola, fica sem nota.
MELHORES MOMENTOS
FICHA TÉCNICA JOINVILLE 0 X 1 PALMEIRAS
Local: Arena Joinville, Joinville (SC) Data/Hora: 13/8/2013, às 21h50 Árbitro: Fabricio Neves Correa (RS) Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Pablo Almeida da Costa (MG) Público/Renda: Não disponível Cartões amarelos: Lima (Joinville); Ananias (Palmeiras) Cartões vermelhos: –
Gol: Mendieta, 5’/1ºT (0-1)
JOINVILLE: Ivan; Eduardo (Ricardinho – 11’/2ºT), Sandro, Rafael (Diego Jussani – 13’/2ºT) e Rafinha; Augusto Recife, Carlos Alberto, Wellington Bruno e Marcelo Costa (Ronaldo – 27’/2ºT); Lima e Edigar Junio Técnico: Ricardo Drubscky
PALMEIRAS: Fernando Prass; Luis Felipe, Vilson, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Charles, Wesley e Mendieta (Felipe Menezes – 39’/1ºT); Ananias (Marcelo Oliveira – 40’/2ºT) e Leandro (Caio – 23’/2ºT) Técnico: Gilson Kleina
Embalado mas com desfalques importantes, o Palmeiras vai a Santa Catarina enfrentar mais uma equipe do pelotão de cima, de olho em ampliar a vantagem para a Chapecoense (que teve mais um jogo adiado nesta série B).
Horário e local: terça-feira (13/08), as 21:50, na Arena Joinville (Sportv/PPV).
Árbitro: será Fabricio Neves Correia (RS), aquele que gosta de marcar penaltis em faltas que ocorrem fora da área:
2012 – 1×2 Cruzeiro (BR, f) / 2×1 Paraná (CB, f)
2011 – 5×0 Avaí (BR, c)
2003 – 6×1 Avaí (Série B, f)
Situação na tabela: o Palmeiras lidera com 34 pontos e o Joinville é o oitavo, com 21.
Desfalques/Reforços: Valdivia e Eguren, convocados para suas seleções, e Alan Kardec, suspenso, ficam de fora. Léo Gago retornou aos treinamentos mas ainda recupera a melhor forma física. Vinícius ainda se recupera de contusão e é dúvida.
Bola verde IPE: Valdivia segue em primeiro, com média 8,29.
Previsão IPE: Fernando Prass; Luís Felipe, Vílson, Henrique e Juninho; Araújo, Charles, Wesley e Mendieta; Leandro e Ananias.
Destaques/JEC: o zagueiro Rafael e volante veterano Augusto Recife retornam de suspensão. A provável escalação do JEC deverá ter Ivan; Eduardo, Sandro, Rafael e Rafinha; Augusto Recife, Carlos Alberto, Marcos Vinícius e Marcelo Costa; Edigar Junio e Lima.
Ex-palmeirenses no JEC: o meia Marcelo Costa.
Olho nele: o atacante Lima é o vice-artilheiro da série B, com 10 gols marcados.
Palpite IPE: em jogo muito truncado, o Palmeiras sentirá a falta de Valdivia e Kardec e ficará no empate – 1×1 – gol de Leandro para o Palmeiras.
Último confronto: foi justamente pela série B 2003, no Palestra, e não deveria nunca mais se repetir nas mesmas condições – 2×1 – gols de Lúcio e Vágner Love para o Palmeiras, e Didi para o JEC.
Última vitória em SC: nas duas partidas disputadas lá, uma derrota e um empate.
Última derrota em SC: foi também a única vez que perdemos para eles na história, em um amistoso disputado em 1983 – 1×2 – gols de Jorginho para o Palmeiras, e Osni e João Paulo para o JEC.
Histórico:
GERAL
SÉRIE B
J
V
E
D
GP
GC
J
V
E
D
GP
GC
4
2
1
1
5
3
1
1
0
0
2
1
O IPE se lembra: pelo BR1986, vitória verde – 2×0 – gols de Mendonça.
Neste domingo, comemoramos o Dia dos Pais. Apesar de ser festejado há muito mais tempo pelo mundo afora, no Brasil a data foi instituída apenas a partir de 1953, sendo celebrada no segundo domingo do mês de agosto.
O trocadilho infame aqui é inevitável: No dia dos pais, o Palmeiras é uma mãe. Desde 1953 foram 47 jogos, com 20 vitórias, 13 empates, 14 derrotas, 58 gols marcados e 49 sofridos. Mas o que deixa o retrospecto da data realmente desanimador é o desempenho em clássicos: apenas 1 vitória contra duas derrotas em choque-rei, e ainda 1 derrota em dérbi. Uma desculpa viável é que só mandamos 17 destes jogos, sendo visitante em 30 – em 2018 finalmente atuamos em casa, quebrando uma sequência de 11 visitas!
A liderança da artilharia dedicada a eles fica por conta de Servílio e Jorge Mendonça, cada um com 3 gols marcados.
Confira abaixo todas as partidas disputadas pelo Palmeiras no Dia dos Pais:
09/08/1953 – Ypiranga 2×5 Palmeiras – Campeonato Paulista – Gols: Rubens, Otávio (2), Humberto e Odair
12/08/1956 – Corinthians 1×0 Palmeiras – Campeonato Paulista
10/08/1958 – XV de Piracicaba 2×2 Palmeiras – Campeonato Paulista – Gols: Zequinha e Nardo
14/08/1977 – São Paulo 3×1 Palmeiras – Campeonato Paulista – Gol: Jorge Mendonça
13/08/1978 – Guarani 1×0 Palmeiras – Campeonato Paulista
12/08/1979 – Velo Clube 0x1 Palmeiras – Campeonato Paulista – Gol: Carlos Alberto Seixas
10/08/1980 – Palmeiras 0x1 Francana – Campeonato Paulista
09/08/1981 – Palmeiras 2×1 América – Campeonato Paulista – Gols: Luís Pereira e Freitas
08/08/1982 – Palmeiras 2×1 Ponte Preta – Campeonato Paulista – Gols: Jorginho e Reginaldo
14/08/1983 – Palmeiras 1×0 Santo André – Campeonato Paulista – Gol: Carlão
12/08/1984 – América 2×0 Palmeiras – Campeonato Paulista
10/08/1986 – XV de Jaú 0x0 Palmeiras – Campeonato Paulista
11/08/1991 – América 0x0 Palmeiras – Campeonato Paulista
09/08/1992 – São Paulo 1×0 Palmeiras – Campeonato Paulista
14/08/1994 – Palmeiras 4×1 Paraná – Campeonato Brasileiro – Gols: Cléber, Zinho e Evair (2)
08/08/1999 – Palmeiras 2×2 Atlético-PR – Campeonato Brasileiro – Gols: Paulo Nunes (2)
13/08/2000 – Atlético-PR 0x0 Palmeiras – Campeonato Brasileiro
12/08/2001 – Palmeiras 3×1 América-MG – Campeonato Brasileiro – Gols: Pedrinho, Lopes e Fábio Jr
11/08/2002 – Palmeiras 1×1 Grêmio – Campeonato Brasileiro – Gol: Nenê
08/08/2004 – Criciúma 1×2 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gols: Magrão e Elson
13/08/2006 – Botafogo 1×3 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gols: Paulo Baier e Enílton (2)
12/08/2007 – Atlético-MG 1×2 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gols: Martinez (2)
10/08/2008 – Botafogo 1×0 Palmeiras – Campeonato Brasileiro
08/08/2010 – Goiás 1×1 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gol: Ewerthon
14/08/2011 – Vasco 1×0 Palmeiras – Campeonato Brasileiro
12/08/2012 – Fluminense 1×0 Palmeiras – Campeonato Brasileiro
10/08/2014 – Atlético-MG 2×1 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gol: Henrique Ceifador
09/08/2015 – Cruzeiro 2×1 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gol: Cristaldo
14/08/2016 – Atlético-PR 0x1 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gol: Vítor Hugo
13/08/2017 – Vasco 1×1 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – Gol: Guerra
12/08/2018 – Palmeiras 1×0 Vasco – Campeonato Brasileiro – Gol: Deyverson
O IPE deseja a todas os pais palestrinos, em especial para os paizões Pedro, Valdemir, Mario (palmeirense por obrigação paterna), Claudio e Álvaro, um ótimo dia e muitas felicidades. Parabéns!
Foi uma partida daquelas para se sair não eufórico, mas com aquele pequeno mas nítido sorriso de quem se sabe superior. A vitória de virada contra um bem arrumado Paraná, time que tem tudo para brigar até o fim, mostra que a caminhada do Palmeiras mal começou e já se aproxima do fim. Os demais resultados da rodada contribuíram demais, e já temos quatro rodadas de vantagem sobre o quinto colocado. Mais e mais a disputa será apenas pelo título.
Todo o parágrafo acima, no entanto, não significa que esteja tudo bem. O triunfo veio com dificuldades que mostram claramente que o elenco é adequado para o objetivo primário de subir, mas não para atravessar com sucesso o importantíssimo ano que vem (para nem citar a Copa do Brasil, em que temos chances como todos têm – como também tínhamos ano passado – mas não somos nem de longe favoritos).
Está certo que o que pôs o Palmeiras em desvantagem foi um daqueles acasos que nos fazem perguntar “por que conosco?”, embora todas as torcidas devam sofrer algo semelhante. Mas mesmo sem o bisonho autogol de Charles o Verdão já não encontrava um caminho razoável para a meta paranista. Valdivia era perseguido implacavelmente, Wesley compreensivelmente parecia algo distante, e Charles e Márcio Araújo são Charles e Márcio Araújo (sem falar de Leandro, cada dia pior).
Desta forma, a mudança que Gílson Kleina promoveu para o segundo tempo provavelmente ocorreria mesmo sem o 0 a 1. E aí o Verdão venceria de toda forma, talvez por 1 a 0 somente, mas de modo inequívoco. De modo a demonstrar mais uma vez que o Palmeiras pode sim jogar com um volante a menos e ainda assim ser feliz; por exemplo, com Eguren, Wesley, Mendieta (que, OK, ainda é uma incógnita) e Valdivia.
Com a ampla vantagem na pontuação, seria perfeitamente plausível testar esta formação na semana que vem, contra Joinville e Paysandu, para definir como encarar o Atlético-PR nos únicos duelos relevantes que restam em agosto. Porém a ausência do chileno impedirá essa observação. Teremos mais do mesmo por jogos a fio.
Que, então, ao menos o Verdão demonstre a mesma fibra em busca da virada que teve nos dois jogos desta semana. Contra o Furacão, será um duelo de times de nível semelhante (mas ninguém se esqueça que eles também vêm embalados). Se avançarmos, teremos dois meses de treinos de luxo na série B para definir a vida no centenário.
E se mais não falamos especificamente do jogo de hoje, é exatamente porque foi um ponto importante da travessia. Ou seja, já não o citamos muito porque graças a ele a série B vai se tornando o passado. E temos que olhar para a frente.
NOTAS
Prass – quando necessário apareceu corretamente. 7,5
Luís Felipe – não fazia grande partida até ser essencial para o empate. 7
Henrique – a proposta do Paraná não era de incomodar muito. Sorte nossa. 6,5
Vílson – se preocupou mais em não errar de novo essa semana, e conseguiu. 6
Juninho – valem as mesmas palavras que demos para seu colega de lateral. 7
Márcio Araújo – com a convocação de Eguren, vai se mantendo titular. É nosso carma. 6
Charles – deveria perder o lugar não por ir mal, nem pelo indescritível gol contra. É questão tática mesmo. 6
Wesley – ganharia nota 7, mas como disse após o jogo que quer ficar leva ponto extra. 8
Valdivia – bem marcado, e ainda assim decisivo como tem sido. 7,5
Leandro – uma estrela cadente. 5
Allan Kardec – pouco fez, pouco tentou fazer. 5,5
Mendieta – me lembra um pouco Valdivia quando chegou. Ainda travadão, mas pode vingar. 6,5
Eguren – bateu cartão e nos adversários. 6
Ananias – sem nota
Gilson Kleina – ainda não convence que o time pode dar um passo além.
MELHORES MOMENTOS
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 1 PARANÁ
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP) Data/Horário: 10 de agosto de 2013, às 16h20 (de Brasília) Árbitro: Antonio de Carvalho Schneider (RJ) Assistentes: Cristhian Passos Sorence (GO) e Fernanda Colombo Uliana (SC) Renda e público: R$ 1.015.880 / 29.012 pagantes Cartões amarelos: Leandro, Alan Kardec, Valdivia, Eguren, Mendieta, Ananias (PAL); Paulinho, Reinaldo, Ricardo Conceição, Alex Alves (PAR) Cartões vermelhos: – Gols: Charles (contra), aos 17’/1ºT (0-1); Juninho, aos 14’/2ºT (1-1); Wesley, aos 26’/2ºT (2-1)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Luis Felipe, Vilson, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Charles (Mendieta – intervalo), Wesley e Valdivia (Eguren – 32’/2ºT); Leandro (Ananias – 39’/2ºT) e Alan Kardec. Técnico: Gilson Kleina.
PARANÁ: Luis Carlos; Moacir, Anderson, Brinner (Alex Alves – 25’/2ºT) e Paulinho; Cambará, Rubinho, Ricardo Conceição e Lúcio Flávio (Fernando Gabriel – 32’/2ºT); Léo (Paulo Sérgio – 33’/2ºT) e Reinaldo. Técnico: Dado Cavalcanti.
Situação na tabela: o Palmeiras lidera com 31 pontos e o Paraná é o quarto, com 23.
Desfalques/Reforços: Léo Gago segue em tratamento de lesão. Valdivia, poupado na última rodada, e Charles, após cumprir suspensão, estão de volta. Vinícius ainda tem dores e pode ser desfalque. Não há suspensos.
Pendurados: Ayrton, Charles, Luís Felipe, Valdivia e Alan Kardec. Próxima partida: Joinville (fora).
Bola verde IPE: Valdivia segue em primeiro, com média 8,42.
Previsão IPE: Fernando Prass; Luís Felipe, Vílson, Henrique e Juninho; Araújo, Charles, Wesley e Valdivia; Leandro e Alan Kardec.
Destaques/Paraná: o único desfalque certo paranista será Edson Sitta, suspenso. Os veteranos Lúcio Flávio e Reinaldo saíram da última partida com dores musculares mas não devem ser problema. A provável escalação deverá ter Luís Carlos; Moacir, Anderson, Brinner e Paulinho; Cambará, Ricardo Conceição, Rubinho e Lúcio Flávio; Léo e Reinaldo.
Ex-palmeirenses no Paraná: nenhum.
Olho neles: o Paraná tem em sua espinha dorsal 3 veteranos com passagens por grandes clubes. O zagueiro Anderson (ex SCCP, SPFC, Cruzeiro…), o meia Lúcio Flavio (ex Inter, SPFC, Santos, Botafogo…) e o atacante Reinaldo (ex Flamengo, SPFC, Santos…).
Palpite IPE: 3×1, gols de Valdivia, Alan Kardec e Juninho.
A vitória contra o São Caetano marcou a passagem de um terço do campeonato, e os 31 pontos amealhados são uma boa arrancada para o objetivo de subir tranquilamente e assim disputar a Copa do Brasil com mais dedicação e planejar 2014 com antecedência – o que nunca ocorre por estas bandas.
A pontuação podia ser até um pouco maior, caso o juizão da Ilha do Retiro não fizesse lambança aos 48 do segundo tempo e caso o time não desperdiçasse tantas chances contra o Guaratinguetá (a derrota para o América-MG entra na conta dos tropeços que o Palmeiras costuma dar). Mesmo assim, o aproveitamento de 79% até aqui deve ser suficiente para o acesso.
Mas e se as zebras começarem a pintar? Uma queda drástica de rendimento ainda pode impedir que o Verdão cumpra a menor das obrigações (a outra sendo o título)?
Para saber o risco que corremos, verificamos como estava a série B a essa altura desde 2006, ano em que ela passou a ser disputada nos moldes atuais. Veja o quadro abaixo (clique na tabela para ver em tamanho maior):
Em primeiro lugar, salta aos olhos que somente uma equipe que liderava a competição a essa altura fracassou: o Criciúma de 2007. Os demais podem até não ter sido campeões, mas ao menos subiram.
Também pode-se ver que, novamente à exceção do Criciúma-07, todos que lograram abrir cinco pontos de vantagem para o quinto colocado nesta rodada subiram. Que mais? Para os times que estão embaixo, uma esperança: o Atlético-PR do ano passado e o Mecão de 2007 conseguiram descontar oito pontos de desvantagem para comemorar no fim.
E claro que não dá para passar batido: o Palmeiras divide com o Vitória do ano passado a segunda melhor campanha da história da série B até aqui, com um ponto a menos que o Criciúma também do ano passado (e o título ficou com o Goiás!). Mas vale ressaltar que se a incrível Chapecoense vencer seu jogo atrasado supera a todos.
Enfim, a história mostra que só um time, nos primórdios do regulamento atual e sem o peso da camisa verde, teve um fim amargo após uma boa largada. Não há de ser nosso caso.
O retorno é uma realidade. Ainda virtual, que nos fará sentir angústia por alguns meses, mas quase inescapável. Centenário na Segundona, de jeito nenhum.